Marcelle Paiva tem uma longa história na área de tecnologia, grande parte dela como líder na Oracle.
A executiva é exemplo para muitas profissionais que ainda estão iniciando suas carreiras, como a Maria Pires, estagiária do nosso programa Generation Oracle (GenO).
Duas mulheres em momentos de vida e carreira diferentes, mas com muita coisa em comum: a vontade de aprender, crescer e criar um mundo mais equalitário e inclusivo para talentos femininos.
Por isso, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, convidamos Maria para entrevistar Marcelle e ter a oportunidade de entender de perto as vivências de uma grande executiva. Vamos conferir como foi?
Maria:
Para começar, poderia me dizer quem é Marcelle Paiva?

COO Tech
Marcelle:
Se você me fizesse essa pergunta há alguns anos, eu diria minha idade, meu cargo, onde trabalho e no que sou formada.
Mas, hoje, depois do processo de autoconhecimento que vivi, prefiro dizer que sou uma eterna aprendiz, curiosa e apaixonada por performance.
Mãe de dois meninos e que atualmente está professora e COO de tecnologia – já que ninguém é um cargo ou uma função, e isso não passa de um momento profissional.
Maria:
Como você lida com esses diferentes papéis: mãe, mulher, líder e professora?
Marcelle:
Atualmente, com equilíbrio e atenção. Mas nem sempre foi assim.
Por muito tempo, a carreira e a família eram meu foco, porém alguns acontecimentos me fizeram olhar com mais cuidado para minha saúde mental, física e espiritual.
Minha rotina começa cedo. Durante duas horas, sigo o ritual do livro “O Milagre da Manhã”, sempre acompanhada de um duplo café expresso: gratidão, meditação, visualização do dia, leitura e atividade física.
Acredito que a vida em equilíbrio é saber onde quer e precisa estar, não sobre dar conta de tudo. Por isso, há duas perguntas que sempre faço para mim mesma: o que quero do mundo e o que vou doar para o mundo? E isso tem tudo a ver com esses diferentes papéis.
Maria:
Percebi que você realmente está sempre aberta a aprender e a buscar o autocuidado. E isso está muito presente no livro “TI de Salto”, no qual você é uma das coautoras. Qual a importância de contar a sua trajetória?
Marcelle:
Para mim, o livro simbolizou diversas coisas: colocar em prática minha paixão por escrita, valorizar a equidade, inspirar mulheres e desconstruir estereótipos.
Afinal, ainda existe essa ideia de que mulheres em tecnologia precisam ser apenas da área técnica. E isso não é verdade. A minha trajetória é um exemplo disso.
Sou formada em propaganda e marketing e trabalhei nesse setor em diversas empresas de tecnologia, inclusive na Oracle. Porém, recebi uma promoção há três anos e migrei para a área de operações.
Dessa maneira, digo sempre que as mulheres não precisam – e não devem – se limitar! A carreira em tecnologia traz muitas possibilidades.

Generation Oracle (GenO)
Maria:
É incrível conhecer sua jornada na Oracle, Marcelle. Vejo que, aqui, temos muita cooperação entre as pessoas, e a empresa tem diversos projetos para nos apoiar. O que tem tudo a ver com a equidade de gênero, tema do Dia Internacional da Mulher em 2023. Quais desses projetos você considera mais importantes?
Marcelle:
Assim como a sociedade, a Oracle vem se transformando e evoluindo.
Entre as iniciativas que considero mais importante, está o Oracle Women’s Leadership (OWL), nosso comitê de diversidade de gênero, no qual mulheres se reúnem para trocar experiências e desenvolver suas carreiras.
As mentorias também são fundamentais. Recentemente, fui mentora de 28 mulheres que estavam buscando novos caminhos para suas carreiras. Juntas e com muito diálogo, destacamos suas potencialidades, desenvolvemos novas habilidades e compartilhamos histórias.
Também reconheço a importância do programa de voluntariado, que apesar de não ser específico para diversidade de gênero, está ligado a nossa vontade de sempre devolver algo para o mundo, nos conectando e valorizando o próximo.
Em 2022, dei mentoria para jovens do projeto Gerando Falcões e do Instituo Proa e pude acompanhar de perto a sua evolução pessoal e profissional.
Maria:
Por falar em devolver algo para o mundo, você participou na organização de um evento com diversas CEOs, entre elas a nossa CEO Safra Catz. Quais reflexões e lições você adquiriu após essa experiência?
Marcelle:
Antes mesmo da Safra vir ao Brasil, comecei a me questionar: por que não reunir mulheres líderes e de empresas importantes, para juntas, falarmos de negócios e inovação?
Para fazer esse evento acontecer, tive de contar com apoio de muitos homens e mulheres. E, felizmente, ele aconteceu! O encontro foi uma aula de negócios repleta de sororidade.
Logo lembrei do meu início de carreira em 2004, quando a Safra liderou uma grande fusão na empresa em que eu estagiava.
Hoje, depois de 23 anos, estou na Oracle e estive com ela em uma sala fechada, rodeada por outras mulheres extremamente competentes que admiro. Carreiras realmente não são lineares. Preciso contar essa história em um novo livro (risos).
Maria:
Aproveitando que você já comentou sobre as iniciativas da Oracle para promover a equidade, por que você acha que as mulheres deveriam considerar uma carreira aqui?
Marcelle:
É importante fazer uma autorreflexão. Para mulheres curiosas, que têm espírito empreendedor e querem fazer a diferença na posição que vão ocupar, a Oracle é um excelente lugar. Aqui, há oportunidades de mudança.
Eu, por exemplo, tenho oito anos de casa (a empresa que trabalhei por mais tempo até hoje), e ainda assim me sinto desafiada.
A Oracle é uma empresa bastante dinâmica e inclusiva. Às mulheres que se identificam com esse propósito e desejam construir seu plano de vida: venham trabalhar com a gente.
Maria:
Você comentou algumas vezes sobre os homens que te acompanharam na sua jornada por aqui. Como os eles podem ser aliados nesse processo?
Marcelle:
Grande parte das lideranças que tive até hoje foram masculinas e todas me deram oportunidades, mesmo quando senti que não estava preparada. Um exemplo disso foi a minha transição para a área de operações.
Até me tornar COO, me considerava uma profissional apenas de humanas, mas vi que poderia ampliar meus conhecimentos em exatas, programação e muito mais
Com a ajuda de um funcionário da nossa equipe de pré-vendas, estudei programação e consegui uma certificação em Cloud. Apoiada pelo meu time, mergulhei ainda mais nesse mundo e pude aprimorar meus conhecimentos na área de humanas. E sigo sempre aprendendo.
Iniciei na Oracle como Diretora de Marketing para o Brasil, depois passei a cuidar do Marketing para a América Latina e há pouco tempo me tornei C-Level de tecnologia.
Em todo esse processo tive suporte de aliados na liderança, nos pares e nos colegas em geral.
Maria:
Os aliados têm um papel extremamente importante, pois fazem parte dessa construção da equidade que buscamos, sendo tão responsáveis por isso quanto as próprias mulheres.
Agora, para encerrar nosso papo, o que você falaria para a Marcelle no início da carreira, momento em que muitas, assim como eu, estão hoje?
Marcelle:
Eu deixava meus medos me paralisarem e me sentia inferior em relação aos outros. Hoje, diria: é normal se sentir assim. Vá atrás dos seus sonhos e seja responsável com a autocobrança, pois se dará conta de que, tal qual você, outras pessoas também passam por grandes desafios.
Confie em você e nunca deixe de aprender!
Maria:
Adorei ouvir sua história, Marcelle! Saio dessa conversa muito feliz e inspirada. Que seja a primeira de muitas!
Marcelle:
Também espero, pois trabalhar equidade requer muitas conversas. Um feliz Dia Internacional da Mulher para todas nós!
Se assim como a Maria, você também está em início de carreira e deseja se desenvolver com apoio de mulheres incríveis, inscreva-se no programa de estágio da Oracle, o Generation Oracle.