Todos sabemos que o ritmo da mudança está ficando mais rápido; felizmente, isso não nos surpreendeu. As melhores e mais brilhantes mentes da profissão de contabilidade estão falando sobre tecnologias emergentes, gestão de talentos, modelos de negócios em evolução e o futuro de sei lá o quê há anos. Nossos colegas estão prestando atenção, mas muitos esperavam até que “precisassem” fazer mudanças. Afinal, os negócios estavam indo muito bem. Eles não tinham ideia de que estaríamos enfrentando um ambiente sem precedentes: uma crise de saúde pública, desastres naturais, agitação geopolítica e incerteza econômica, tudo ao mesmo tempo.
Esses eventos fizeram o que os argumentos e exemplos não podiam: eles agravaram a necessidade de maior insight, preparação, capacidade de resposta e execução em operações de negócios e tecnologia. Como ex-diretora de informações, sei o que acontece quando seus sistemas diferentes não capturam os dados necessários para melhorar a tomada de decisões sobre estratégia de negócios, finanças, operações e riscos. Também sei o que acontece quando você não tem uma fonte confiável de verdade, com vários sistemas gerando diferentes relatórios que levam horas e horas para serem reconciliados.
Sem muita opção e com muito trabalho, os usuários finais criam seus próprios sistemas de registro que promovem erros e inconsistências. As abordagens manuais para análise de dados que usam muitas horas da equipe são ineficazes; elas não permitem correções no meio do trimestre com base em tendências emergentes ou mudanças no mercado, e há cada vez menos membros da equipe querendo fazer o trabalho manual.
Embora haja muitas coisas que não podemos controlar, podemos começar com o fim em mente antecipando as perguntas para as quais precisamos de respostas e garantindo que temos os sistemas certos em vigor. Eu aprendi muito rápido que você não pode relatar o que você não coleta, ou até pior, não pode coletar.
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A necessidade de uma análise melhor é urgente
Quando as palavras “incerto” e “incomparável” são usadas na mesma frase, a necessidade de uma melhor análise geralmente é o tópico da próxima frase. Eu não poderia concordar mais. Nas reuniões diárias híbridas de sala de zoom/salas de conferência, a análise ganha de longe como a principal funcionalidade para orientar a organização em torno de enormes minas terrestres. Como responder, ajustar e prosperar de forma proativa quando os modelos usuais não se aplicam mais é a grande pergunta. Em última análise, é a diferença entre organizações que ganham vantagem competitiva e aquelas que mantêm a abordagem “se não estiver quebrado, não conserte”. Mesmo que essa abordagem tenha funcionado no passado, a velocidade para o insight é o novo campo de batalha.
A capacidade de coletar, analisar, monitorar, relatar e compartilhar dados acionáveis não é algo “bom de ter” no mercado de trabalho de um funcionário. A tecnologia moderna é uma mensagem essencial de recrutamento e proposição de valor. Tecnologias emergentes como machine learning e análise orientada por IA não só fornecem velocidade mais rápida para insights, como também podem descobrir correlações que seriam fáceis para os seres humanos deixarem passar entre as montanhas de dados disponíveis para os negócios de médio porte. O World Economic Forum (WEF) estimou que a quantidade de dados do mundo em 2020 era de 59 zettabytes e prevê o crescimento para 175 zettabytes até 2025. Esse número é ainda mais impressionante, pois a maioria de nós não sabe que um zettabyte tem 21 zeros.
As equipes de finanças precisam desenvolver seu jogo de inteligência digital
A boa notícia é que podemos aprender muito com todos esses dados sobre como interagir melhor com nossos clientes e analisar novas ofertas de mercado até níveis granulares. A notícia não tão boa é que não temos as habilidades de análise necessárias em nossas equipes para aproveitar ao máximo essas informações. A coleta de dados não equivale a insights, nem faz deles úteis, se a equipe não tiver competências de análise críticas. Em janeiro de 2020, o WEF observou que “o mundo está enfrentando uma emergência de reciclagem.
Precisamos reciclar mais de 1 bilhão de pessoas até 2030.” A pandemia serviu como catalisador para a transformação digital, mas com cada avanço de tecnologia, a lacuna de habilidades cresce. As tecnologias emergentes estão surgindo mais rápido do que nunca, e uma cultura de aprendizagem contínua não é negociável.
A necessidade de atualizar habilidades para os profissionais de finanças nunca foi tão grande. No entanto, as habilidades de análise necessárias para avaliar a experiência do cliente, os resultados de negócios e as oportunidades de receita não ocorrerão da noite para o dia. Para preencher a lacuna, a análise orientada a dados com tecnologia de IA se tornará a norma em toda a organização financeira.
Alimentadas por machine learning, as análises de amanhã vão além de o que aconteceu para explicar por que aconteceu, prever o que provavelmente acontecerá e fazer uma recomendação com base nessa previsão. Trabalhando em conjunto com líderes de departamento e unidade de negócios, os membros da equipe de finanças identificariam não apenas o que está funcionando bem, mas também, o mais importante, porque está funcionando.
Em outros casos, a equipe seria capaz de fazer recomendações que ajustassem as linhas de serviços e produtos que precisassem de melhorias, além de responder às perguntas da diretoria e dos executivos sobre margens, despesas, receita e muito mais. Mais insights sobre finanças e operações aumentam a competitividade e o foco estratégico da organização geral.
Trazer a equipe existente para a jornada de transformação é um ganho para todos.
Com a convergência da guerra por talentos, a grande demissão e as aposentadorias, as empresas podem arcar com as despesas e os atrasos da rotatividade de funcionários. Em um mercado de trabalho feroz, os investimentos em conjuntos de habilidades melhorarão a retenção, aumentarão o moral e permitirão um melhor desempenho. Os recursos analíticos orientados por IA permitirão uma melhor tomada de decisões, incentivarão iniciativas inovadoras e capacitarão uma equipe altamente qualificada e treinada para se concentrar mais nos processos que geram receita.
Por onde eu começo?
Algumas recomendações adicionais:
- Avalie as futuras habilidades e capacidades de estado de que sua equipe vai precisar, dando especial atenção à adoção da tecnologia
- Comunique sua visão de transformação, incluindo as competências necessárias e os benefícios de lidar com novas competências
- Envolva sua equipe para desenvolver planos que acomodem vários estilos de aprendizado: pessoalmente, vídeos, consultores de terceiros, rotações de cargos, mentoria entre pares, gamificação etc.
- Capacite a equipe a ajustar seus próprios objetivos de aprendizado e recompensá-los quando alcançarem os resultados de aprendizado
- Celebre os novos recursos da sua equipe e mostre as melhorias que eles contribuíram para a empresa
Novas tecnologias e processos por si só não transformarão nenhum negócio. Também são necessárias análises sobre iniciativas estratégicas, pessoas, previsões de receita, desempenho organizacional (por unidade de negócio e linha de serviço/produto) e novas ofertas de mercado. A transformação de pessoas é tão importante quanto usar todos os recursos das novas análises. Afinal, mesmo a melhor tecnologia não consegue superar os membros da equipe mal equipados ou processos legados.
Os insights obtidos com novos sistemas são tão robustos e úteis quanto as competências de análise crítica da equipe. Uma equipe bem posicionada para mudanças e que prevê o futuro é vital para aumentar a vantagem competitiva, melhorar a satisfação do cliente e atrair novos membros da equipe. As organizações nem sempre sabem o que está por vir, mas com análises e uma equipe capacitada, elas podem se preparar.
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